Estratégia e IA – Inteligência Artificial na engenharia

            Criar uma vantagem competitiva sustentável é o caminho para crescimento e perpetuação dos negócios. Recentemente, com o advento da IA se transformando em uma “força de trabalho” diferenciada, as organizações começaram a colher resultados significativos com a aplicação dela. Tais resultados abrangem itens como:

            Tais benefícios, em conjunto principalmente, levam empresas a se diferenciarem e a conquistarem a tal Vantagem competitiva sustentável.

Para Provost e Fawcett (2016, p. 317), a capacidade de dados e data science são ativos estratégicos (complementares). Se a concorrência não possuir o mesmo ativo, com a mesma qualidade, ou mesmo se eles não conseguirem obter o mesmo valor, surge uma base de vantagem competitiva, desde que não possam ser copiados facilmente, claro.

            Para atingir tal ponto, a IA precisa ser implantada de forma estruturada em vários departamentos e operações, não se limitando a soluções básicas e setoriais.

Engenharia e a inteligência artificial

            A engenharia, seja de produtos, civil, mecânica, elétrica, de produção, enfim, todas as engenharias, são baseadas na matemática, contam com processos e pessoas, além de tecnologias. Não basta instalar um software, mas integrar a IA aos processos e com apoio das pessoas.

Como a IA é pervasiva, ela vai gerar valor em todas as áreas, de vendas à operação. Um planejamento operacional pode usar a série histórica e agregar ao modelo dados climáticos regionalizados que possibilitam planejar obras previamente otimizando resultado.  O Machine Learning pode gerar entregas como: Classificar materiais, fornecedores, empregados; prever custos, demanda, quantidade de materiais; identificar itens que podem impactar mais nos resultados operacionais; e muito mais.

A IA Generativa, a mais recente inovação neste campo, trouxe “olhos”, “ouvidos” e “raciocínio” para interagir quase “como um humano”.  O ChatGPT é o mais famoso dentre elas, mas não se limita a ele, hoje o Gemini, Grok e outros já estão disponíveis e seus preços caindo. 

A IA Generativa não gera um diferencial em si, afinal, pode ser usada e “copiada” por todos. Mas o usuário, interagindo com “sua pergunta” seus contextos, seus documentos internos da empresa, integrando com sistemas e bancos de dados internos, geram resultados diferentes e assim, podem levar a uma possível vantagem competitiva. 

Exemplos de uso de IA Generativa em empresa de engenharia: Retirar dúvidas sobre contratos ou propostas; retirar insights de projetos anteriores; analisar linha base e status de projetos lendo dados do MS Project; atuar no apoio ao PMO gerindo portfólio e projetos; análise de diários de obras (RDO´s) com identificação de riscos e esforços; etc.

A GenAI junto com os modelos de Machine Learning, em uma plataforma única, entrega os benefícios dos dois mundos em conjunto, tornando muito difícil para a concorrência atingir o patamar adquirido, que vai evoluir mais e mais.

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em IA nas Engenharias

            A pesquisa em IA aplicada à engenharia está avançando bastante no uso de modelos híbridos que unem leis físicas e aprendizado de máquina, aprendizado por reforço que otimiza processos industriais, design generativo de produtos que cria novos materiais e a futura combinação de IA com computação quântica. Essas tecnologias prometem encurtar o ciclo de desenvolvimento, reduzir custos e criar soluções inovadoras que seriam impossíveis apenas com métodos tradicionais.

A colaboração entre universidades, centros de pesquisa e indústria acelera a aplicação prática da IA ao unir conhecimento científico, infraestrutura laboratorial e desafios reais do mercado. Programas de cocriação podem transformar rapidamente descobertas acadêmicas em soluções viáveis e de alto impacto para a engenharia.

A IA na engenharia vai além de resolver problemas técnicos: pode apoiar projetos sustentáveis e possibilitar novos modelos de negócio. Essas novas soluções melhoram indicadores ESG, viabilizam economia circular e aumentam a competitividade, atraindo investimentos verdes.

Conclusão

            A engenharia está passando por uma revolução sem volta, a incorporação da inteligência artificial em suas estratégias e processos.  O foco não é a tecnologia em si, mas o ROI e valor agregado, itens que hoje são perseguidos a todo momento. A IA não deve ser tratada como uma tecnologia, uma ferramenta, mas sim como um fator de diferenciação e inovação.